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terça-feira, 25 de agosto de 2009

Brad Pitt me dá sono

Queridos e queridas,

Éramos quatro pessoas vendo O Curioso Caso de Bejamin Button. Filme dirigido por David Fincher, lançado em dezembro de 2008, e ganhador dos Oscars de Direção de Arte, Maquiagem e Efeitos Especiais.

O curioso é que este filme, antes de ser lançado, prometia ser um arrasa-quarteirão de Oscars. Brad Pitt, no papel de Benjamin Button, era tido como favorito para este e outros prêmios de melhor ator. Acontece que para ser o melhor filme é preciso que se tenha a melhor história. E esse não é, curiosamente, o caso.

O filme resultou da adaptação de um conto escrito por F. Scott Fitzgerald no ano de 1922. Um homem nasce velho, com cerca de 80 anos, e vai ficando jovem, até morrer bebê. A passagem de tempo invertida com relação à vida real é o mote para um drama, romance, enfim, uma história feita para emocionar e fazer pensar sobre o valor da vida, sobre como aproveitar o tempo da melhor forma possível. É a história da criança velha que cresce em cadeira de rodas e muletas, até chegar à vida adulta como o apolíneo Brad Benjamin Pitt.

Na contramão de meus três parceiros de filme, meu filho, minha filha, e meu genrinho, eu não gostei do que vi. Não me comovi. Talvez porque a mensagem da história, que é o ponto central tanto do livro, como do filme, é algo que eu penso e desacredito há tanto, tanto tempo, que o filme não me acrescenta nada neste sentido. Aproveitar o tempo, ficar perto e de bem com quem se gosta, não se deixar levar por coisas pequenas, ser generoso, grandioso, fraterno... Benjamin poderia ter ressuscitado e ter sete novas vidas, que o mundo continuaria sendo uma Babel (filme, aliás, que eu gosto muito, e sobre o qual falarei em outro post). Aí, sim, teríamos um ponto de virada interessante no roteiro.

Se no conto a história é perfeita,´porque somos levados a imaginar as transformações físicas, emocionais, psicológicas de Benjamin e dos que o cercam, no filme esta "sensação" é forçada, mediante sofisticadíssimas tecnologias digitais e efeitos de maquiagem. O diretor se esmerou, contratou a empresa Digital Domain, e um poderoso software que mesclou as caras e bocas de Pitt no corpo de outros que interpretaram Benjamin velho. Foram mais de 150 profissionais envolvidos no trabalho de efeitos visuais. O filme é um primor neste aspecto técnico.

Como drama, acho arrastado, melodramático, previsível. Um roteiro previsível derruba o filme. Enquanto meus parceiros de filme viam e se comoviam com o que viam, eu fui dormir. Vejam! Consegui ir deitar mais cedo! Acho que vou ver esse filme hoje de novo!
Beijos!

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