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escrevo a dor e o prazer de viver vivo para escapar da morte morro e acordo cada vez mais forte

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Coppola e The Godvader

Queridos e queridas,

O poderoso cineasta Francis Ford Coppola afirmou em entrevista à Movieline: "Eu não acho que O Poderoso Chefão deveria ser mais que um filme. Não é uma franquia, é um drama. O primeiro filme abarcou tudo. Fazer mais que um seria ganância. Basicamente, produzir um filme custa tanto dinheiro que eles [os produtores] querem torná-lo uma espécie de Coca-Cola: você repete e repete as mesmas coisas apenas para arrecadar mais dinheiro, exatamente como é feito agora. Mas O Poderoso Chefão não é uma série, sabe? Como você faz um spin of de Hamlet?".
Coppola está certo. Um filme é bom quando termina e fica com o jeito de terminou, mas não terminou. Ou seja: tem uma conclusão não conclusiva. Explicando: o fim não finaliza. E ponto final. Final cut.
Parece confuso, mas não é. O filme é como a vida: tem começo, meio e fim. Simplesmente isso. Gostaríamos de ter sete vidas, como os gatos, já que dizem por aí que eles tem. Gostaríamos de ter pelo menos uma nova vida, na qual não repetiríamos os erros da vida atual, não nos apaixonaríamos por quem não nos quer, não nos envolveríamos em situações complicadas, não isso, não aquilo e mais aquele outro. Mas não temos uma segunda chance. Alguns muitos acreditam, piamente, em outra vida, em outro plano, em outra encarnação. Ficção? Não sei. Mas a ficção de um filme pode abarcar tudo o que aqui está escrito, e ainda assim será uma história com início, meio e fim.

Fazer uma trilogia é como fazer um triângulo amoroso. Não vai dar certo.
Alguém vai me dizer, mas tu nunca ouviu falar de Star Wars? Não só ouvi, como vi e revejo sempre todos os filmes. Mas vocês vão concordar que a história toda poderia ter sido contada em um filme só. Seria magnífica. Talvez até mais, pelo desafio de produzir um filme dessa envergadura em uma tacada só; por deixar as viúvas de Anakyn muito mais abaladas, na expectativa de que ele se regenerasse e fosse para o lado bom da força; ou, como no meu caso, que a-d-o-r-o Darth Vader, nunca vi personagem mais elegante e de voz sensual, sonharia com ele todas as noites, imaginaria ele em novas situações, duelando contra si mesmo, pelo bem e pelo mal.
Porque viver é isso: o momento, o tempo finito, cronometrado, e já está contando desde o primeiro respiro. O problema é que nós, humanos, somos tão pretensamente superiores e dispersivos, que só nos damos conta da finitude quando ocorrem tragédias, especialmente coletivas, como quando um avião cai, um ataque terrorista acontece. Daí somos todos tão solidários... e solitários. Percebemos que estamos todos, sempre, por um triz.
Coppola é mesmo incrível. Ele sabe que um filme é tão somente um filme. Único. Como uma vida.

Fiquem bem.

Um comentário:

  1. Darth Vader é capa de uma comunidade do Orkut, chamada "O Mau Se Veste Melhor", hauahaua... Faz sentido, não?! Sempre o mais elegante, o mais bem arrumado, o mais estiloso, o que tem mais bom gosto... Ahahaha... E viva Darth Vader!!! Atóóóóóóronnnn o lado mau da força!!!!

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