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escrevo a dor e o prazer de viver vivo para escapar da morte morro e acordo cada vez mais forte

sábado, 12 de setembro de 2009

Contagem regressiva

Queridos e queridas,

A proximidade de mais um aniversário evoca em mim a necessidade de repensar atitudes e pensamentos na vida. Aniversário é para mim como Natal e Ano Novo; momentos únicos e especiais, não necessariamente bons ou ruins. Não me entendam mal. Em tese - eu repito, em tese - são momentos bons, muito bons. Família reunida, mesa farta, bons presságios, presentes, e coisas que tais. Mas nem todos tem a família reunida, a mesa nem sempre é farta, os presságios podem ser maus também, e os presentes podem ser ausentes.

Aniversário é celebrar a vida, o nascimento, mais um ano de um ciclo de vida. Motivos mais do que suficientes para comemorar. Sozinho, com a família, com os amigos, e até mesmo com os desconhecidos. Olhar para alguém na rua e dizer, Hoje é meu dia, há tantos anos nasci, estou vivo!!!, não é o máximo? Não. Não basta estar vivo, com o coração batendo. Tem que fazer esse ciclo valer a pena, tem que estar de corpo e alma, fazer e acontecer, somar mais do que subtrair, mutiplicar em vez de dividir. Não é tão simples, mas não é impossível.

O presente que eu quero me dar neste aniversário é alcançar a paz interior.

Foram anos, tempos e ciclos de tornados. A calmaria na vida da gente funciona como as marés, o ciclo da lua, os movimentos de rotação e de translação...

O dia do aniversário evoca a alegria de estar vivo, e a interrogação sobre Até quando?, e Como? Essa questão me leva ao filme Uma vida em sete dias (200). Dirigido por Stephen Herek, essa comédia romântica tem como protagonistas Angelina Jolie e Edward Burns, além da participação de Tony Shalhoub. Lanie Kerrigan é uma repórter em Seattle, e leva uma vida perfeita: seu emprego, seu namorado, seu apartamento, suas roupas. Até que um mendigo vidente lhe avisa que sua vida é sem sentido e durará por sete dias. Ela passa a acreditar depois de ver que outras previsões do vidente se confirmaram. Daí em diante, a repórter passa a questionar o sentido de tudo o que tem feito, sobre as pessoas com quem tem se relacionado, e sobre a forma como tem vivido.

Por que às vezes somente na iminência de uma tragédia, ou em sua consumação, as pessoas parecem refletir um palmo adiante do seu nariz? Segundo o diretor Stephen Herek, a história deste filme trata de redenção, de uma alma em busca de uma descoberta, que é encontrar a paz interior, no lugar de uma vida superficial, demais.

Vale lembrar que após fazer esse filme, Angelina Jolie recebeu o título de embaixadora da boa-vontade do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados. Angelina conheceu ex-refugiados na Camboja, e depois viajou até a África e ao Paquistão, onde se encontrou com refugiados e voluntários.

O importante é dar valor, ser grato, e buscar ir além da superfície. E quem não conseguir ou não quiser acompanhar nesta jornada de busca de autoconhecimento, que fique, ou que vá para outro caminho. Eu não tenho mais tempo nem paciência para ir em busca do tempo perdido. Agora, é olhar para a frente, como se a vida tivesse sete dias. Afinal, nunca se sabe. E nesses sete dias, e nesses dias, viver em paz consigo mesmo.
Bom domingo!
"Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe."
Oscar Wilde

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